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A Distância entre Deus e o carnaval...

     É engraçado como as pessoas falam de Deus ao mesmo tempo em que censuram a sua Palavra (Bíblia), ignorando os seus ensinamentos. É lamentável vê todo um país mergulhado numa "cultura" mal adquirida, onde as consequências maléficas são maiores que uma suposta alegria ou diversão. O carnaval faz apologia à sensualidade, homossexualismo, drogas, alcoolismo, traições e a prostituição, e isso sem falar da violência, das mortes por acidente, "da gravidez indesejada", do aborto provocado, enfim, tudo o que denigre a família, a moral e o respeito a Deus.

Estudo Bíblico: A IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO.

A Igreja ocupa um lugar especial e fundamental nos planos de Deus. Quando nos referimos à igreja, não estamos falando meramente do templo onde se evidenciam as reuniões e cultos, muito menos das denominações que diversificam o cristianismo em organizações. Estamos falando do povo de Deus espalhado em todos os lugares, que se reúnem para adorar ao Senhor. A igreja foi fundada e edificada pelo próprio Jesus, seguindo um contexto bíblico, histórico, social e espiritual.

CONHECENDO A IGREJA DO SENHOR

      Conceito teológico.  A palavra Igreja [Do hb. qahal, assembleia do povo de Deus; do gr. ekklesia, assembleia pública] é usada na Bíblia para designar uma comunidade que reconhece Jesus, como Senhor e Salvador pessoal, e, que se reúne com o propósito de orar, louvar e adorar a Deus, receber ensinamentos bíblicos, evangelizar e ajudar uns aos outros (At 2.47; 16.5).

      Igreja Universal. [Do lat. universale, relativo a toda a terra] Invisível formada pela comunidade espiritual cristã, que vai além das fronteiras nacionais e culturais. São cristãos procedentes de todas as nações, povos, tribos e línguas (Rm 16.16; Ap 5.9).

      Igreja local, organizada ou institucional. Visível composta de cristãos reunidos num determinado lugar para louvar e adorar a Deus (At 2.1,2). É representada diante da sociedade politicamente organizada.

      Igreja Militante. Formada pelos verdadeiros cristãos que estão em plena atividade espiritual e física (II Cor 10.3-5; II Tm 2.4,5).

      Igreja Triunfante. Formada por aqueles que já dormiram no Senhor, que já cumpriram suas missões e estão aguardando a volta gloriosa do Senhor Jesus (I Ts 4.13-17; II Tm 4.8).

QUANTO A SUA FUNDAÇÃO

      Registro Bíblico. Lendo a Palavra em Mt 16.18, entendemos claramente que o Senhor Jesus edificou a sua igreja; Sendo a cabeça do corpo da igreja (Ef 4.15; 5.23; Cl 1.18) e a principal Pedra de Esquina, a Pedra Angular (Ef 2.19-22; I Pe 2.4-9). Sua doutrina é a base fundamental (Mc 1.22), seu ministério e sua vida são os grandes exemplos a serem seguidos.
      Registro Histórico. Quanto a sua fundação, sabemos que a igreja já existia no plano e propósito divino, e o próprio Jesus já vinha preparando os seus discípulos que posteriormente seriam aqueles que ministrariam os ensinos deixados por ele. Historicamente, a primeira reunião se deu em Jerusalém, no dia de pentecostes, quando todos reunidos no mesmo lugar foram cheios do Espírito Santo, formando um só corpo (At 2.1-4; Ef 2.14).

      Símbolos que se referem à igreja. Lavoura de Deus e Edifício de Deus (I Cor 3.9), Rebanho de Deus (I Pe 5.2), Corpo de Cristo (Cl 1.18), Esposa de Cristo ou Noiva do Cordeiro (Ap 19.7,8; 21.9) e Igreja de Deus (At 20.28).

QUANTO A SUA MISSÃO

      Diante de muitos afazeres e trabalhos que podem ser realizados pela igreja, é preciso destacar as três principais funções, que juntas, formam a tríplice missão da igreja: Evangelizar (Mc 16.15), Ensinar (Mt 28.19,20) e Adorar (Jo 4.23,24).

QUANTO A SUA ESTRUTURA

      A Igreja está dividida e estruturada num plano administrativo que vai do ministério a membresia. Essa estrutura, além de proporcionar mais desenvolvimento, ordem e sustentabilidade, é fundamental para um melhor desempenho da igreja como um todo.

      Ministério: [Do lat. ministerium, cargo, ofício e função] Pastores (Bispos, Presbíteros e Apóstolos, Evangelistas, etc.) e Diáconos (I Tm 3.1-16).

      Membros: [Do lat. membrum] Conjunto dos que, por intermédio da profissão de fé e do batismo, passaram a integrar a igreja. Temos ainda aqueles que chamamos de congregados, que não são batizados, mas participam frequentemente dos cultos e reuniões.

      Bíblia Sagrada: [Do gr. biblia, livros] A Única Regra de Fé e Prática. A Palavra de Deus é nossa arma espiritual. (I Tm 3.15-17; II Tm 3.16,17).

      Batismo nas águas: É um ato simbólico (não é sacramento), e representa o pacto entre Jesus e aquele que o recebeu como Salvador pessoal. Simboliza uma manifestação pública da sua fé em Jesus, feita diante de Deus e dos homens. Simboliza a nossa morte para o velho homem, os caminhos errados, o pecado e o mundo, isto é, o início para uma nova vida com Deus (Rm 6.3,4; At 2.41-42; Mt 3.13-17).

     Ceia Memorial: [Do lat. coena] Instituída pelo próprio Jesus, é a cerimônia mais importante e solene da igreja. Tem como elementos simbólicos: O pão » corpo e o vinho » sangue (Mt 26.26; I Cor 11.23-34).

      Plano Financeiro: Pelos Dízimos e Ofertas. São recursos que igreja utiliza para se manter como uma instituição organizada e social; enviar e sustentar missionários (Ml 3.10; I Cor 9.14).

Estudo Bíblico: A PREGAÇÃO DO EVANGELHO.

A maior evidência de uma igreja prospera e abençoada é a sua visão evangelística. Uma igreja que prima pela Palavra de Deus, que tem compromisso com pregação do Evangelho, está cumprindo a missão peculiar deixada pelo seu fundador, Jesus Cristo. Sabemos que as características de evangelizar, ensinar e adorar formam a tríplice missão da igreja (Mt 28.19,20; Mc 16.15; Jo 4.23, 24). Como Igreja do Senhor, fomos chamados e capacitados pelo Espírito Santo para arrebatarmos das mãos do opressor, as almas que estão perecendo sem conhecer Àquele que pode tirar o homem do seu estado miserável (Rm 3.23) e reconduzi-lo a presença de Deus (Jo 14.6; I Tm 2.3-6).

O QUE SIGNIFICA EVANGELHO?

Etimologia. [Do gr. euangelion (transliterado), boas-novas]. As boas-novas são as notícias promissoras do cumprimento da providência de Deus para Salvação dos pecadores, que se realizou com a vinda de seu filho Jesus ao mundo (Ef 2.17,18).

Conceito Bíblico. De acordo com o apóstolo Paulo, o Evangelho é o poder de Deus para Salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

Definição Teológica. Anúncio da Salvação oferecida gratuitamente por Deus, através de Jesus Cristo seu filho, a todos os que creem (Mc 16.15; Lc 1.77 cf. Ef 2.8,9; I Tm 2.4).

Conteúdo. Envolvem em sua natureza, elementos essenciais da vida de Jesus Cristo: Nascimento, ministério, morte e ressurreição. Desta forma, é importante ressaltar que só estaremos pregando realmente o Evangelho, se estivermos relatando a vida de Jesus, ou seja, a sua história e ensinos.

O CARÁTER UNIVERSAL DO EVANGELHO

    Quanto ao Pecado. Todos são pecadores e necessitam reconciliar-se com Deus (Gn 3.6-22; Rm 3.9-12, 23; 5.12).

Quanto à Salvação. Todos carecem de um Salvador (Jo 3.36; 8.24; I Jo 4.14). Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (Jo 14.6; I Tm 2.5,6) e em nenhum outro há Salvação (At 4.12; 16.31).

Quanto à Proclamação. É preciso anunciar ao mundo, que Deus providenciou a Salvação a todos os perdidos, através de Jesus Cristo (Lc 4.18-21; 19.10; Jo 3.16; Rm 5.8; I Jo 4.9).

O QUE É EVANGELISMO?

Definição Teológica. Evangelismo [Do gr. Evangelion + ismo] é a exposição sistemática da doutrina e dos métodos de proclamação do Evangelho de Cristo Jesus (Mt 16.14-18).

É semear. “O que semeia, semeia a Palavra” (Mc 4.14). “Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a Palavra; e dá fruto...” (Mt 13.23).

É uma pescaria espiritual. “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1.17; Lc 5.10).

É uma tarefa e testemunho. É testemunhar de Cristo, levando os homens ao conhecimento da Salvação. É a obra prioritária da Igreja de Cristo.

Exemplos de evangelização. É possível realizar esta tarefa utilizando os métodos de evangelismo pessoal (Jo 4.1-42; At 8.26-40), coletivo (Lc 7.11 cf. Mc 5.24) e/ou através de concentrações de pessoas (At 2.41; 4.4; 17.15-34).

O que não é evangelismo? Fazer caridade ou dá esmolas (Mt 6.1-4), contar histórias que sensibilizam, que emocionam (Jo 16.7,8) ou realizar trabalhos sociais. Essa ideia pode ser trabalhada como um método ou forma de ajudar pessoas carentes, enquanto evangelizamos (At 6.2-4).

QUEm É o EVANGELISta?

Conceito Teológico. O Evangelista é aquele que proclama o Evangelho de Cristo, ou seja, que anuncia as boas novas. De maneira geral, todo crente tem a obrigação de pregar o Evangelho. Mas, entre os santos, alguns são escolhidos por Deus para fazê-lo de forma mais dinâmica e eficiente.

Dom Ministerial. De acordo com Ef 4.11, o ministério de Evangelista é um dom específico, que através do Espírito Santo capacita o crente a disseminar de forma extraordinária as boas novas. Filipe, por exemplo, possuía este dom. Embora designado para servir como diácono, sua verdadeira vocação era o evangelismo (At 8.5,6; 21.8).

Outro exemplo. Em II Tm 4.5, o apóstolo Paulo incentivou ao seu discípulo Timóteo que realizasse a obra de um evangelista, ou seja, tornar conhecidos os fatos do Evangelho.

características da mensagem evangelizadora

Precisa ser bíblica. É preciso estar baseada em texto e citações bíblicas em todo o seu desenvolvimento, de sorte que apresente com clareza o plano de Salvação feito por Deus para livrar o homem do pecado (II Tm 3.16,17).

Inspirada pelo Espírito Santo. O pregador não deve ser apenas um orador comum. É preciso seguir as orientações do Espírito Santo e permitir que através do seu poder e conhecimento das necessidades, nos inspire a falar não o que queremos, mas aquilo que o pecador precisa ouvir (Jo 16.8).

Precisa ser objetiva. Todo o desenvolvimento da mensagem deve constituir-se em esforços que estejam convergindo para um só ponto: “Comunicar” ao pecador a respeito dos fatos do Evangelho (Ef 3.8; 6.19).

     Precisa ser clara. O pensamento humano se comunica pela linguagem. É preciso, no entanto, que o pregador transmita a mensagem bíblica usando uma linguagem clara e compreensiva (I Cor 14.9).

Estudo Bíblico: BÍBLIA SAGRADA, A PALAVRA DE DEUS.

 A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, baseado nesta afirmação, podemos desfazer qualquer questionamento ou argumento contra as suas verdades. Ela é o nosso único manual de fé, regra e prática, capaz de nos levar a um relacionamento íntimo e seguro com o Criador. Ao conhecê-la, podemos desfrutar da glória, da graça e da unção divina que nos enche de alegria, fortalecendo os nossos corações. Ao aplicá-la, podemos experimentar o poder transformador do Espírito Santo. A Bíblia dispõe de dois propósitos primordiais em sua essência. O primeiro desígnio é revelar o Criador à criatura. Depois, conduzir a criatura ao seu Criador, criando assim, como já foi dito, um relacionamento seguro e pessoal. Estudemos, então, as verdades incontestáveis sobre a Palavra de Deus, dividindo-as em três partes: A inspiração, estrutura e a inerrância do seu conteúdo (II Tm 3.16).

A BÍBLIA: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA

Definição Teológica. Bíblia [Do gr. biblia, coleção de pequenos livros] É a revelação de Deus à humanidade. Não é um mero depósito ou repositório das palavras de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus.

Expressões bíblicas. Na própria Bíblia encontramos expressões que se referem à Palavra de Deus, são: Escrituras (Lc 24.45; Rm 1,2), A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12), Livro do Senhor (Is 34.16), As Sagradas Letras (II Tm 3.15), A Lei (Mt 12.5), As Palavras de Vida (At 7.38). Também encontras nomes que a representam: Luz (Sl 119.115), Espelho (Tg 1.23), Água (Ef 5.26), Ouro Fino (Sl 19.10), Fogo (Jr 23.29), Martelo (Jr 23.29) e Espada (Ef 6.17).

Estrutura Geral. A Bíblia contém 66 livros, divididos em duas partes: No Antigo Testamento, 39 e no Novo Testamento, 27 livros. Temos em sua divisão total, 1.189 capítulos e 31.173 versículos. A Bíblia foi escrita num período de dezesseis séculos (aprox. 1.600 anos) e cerca de 40 escritores com as mais variadas profissões e atividades como: reis, sacerdotes, profetas, pastores, soldados, pescadores, médicos, etc., que viveram em lugares distintos e em épocas e condições diferentes. Foram dois continentes, três línguas e em várias circunstâncias – tendas, aldeias, palácios, prisões, etc. Desde e primeiro (Moisés) ao último escritor (apóstolo João), foram anos e anos, onde o Espírito de Deus inspirou e guiou todos os escritores numa só direção: A revelação divina. Ela nos revela a história humana desde a origem, está presente no nosso dia a dia e descreve com clareza e precisão todas as notícias que serão estampadas nos jornais e revistas, tornando-se é um livro único, que expressa um só sistema doutrinário, padrão moral, coerente e sem contradições.

A INSPIRAÇÃO DIVINA

A origem da Bíblia foi uma decisão própria da vontade soberana de Deus em revelar-se à humanidade através da escrita e da linguagem humana, registrando os seus feitos, atributos, propósitos e poder. Foram várias dispensações (inocência, consciência, governo humano, promessa) onde através da sua Palavra (literalmente) Deus fazia promessas, alianças e exigências, a fim de se relacionar com o homem. Até então, não havia nada escrito, até que o nosso Deus decidiu registrar os seus feitos e propósitos, daí por diante, na dispensação da lei, os grandes homens de Deus, inspirados pelo Espírito Santo, passaram a descrever as revelações, promessas, pactos e realizações do poder de Deus. Moisés foi o primeiro escritor da Bíblia, ele escreveu o Pentateuco, recebendo do Senhor revelações profundas e poderosas, tais como: a criação do mundo, da natureza e do homem, as passagens que relataram a vida de Abraão, Isaque, Jacó, sua própria história, entre outros. (Êx 17.14; 34.1,27.
De acordo com a própria Palavra de Deus, não existe dúvida quanto à inspiração divina, pois seria impossível à condição e ciência humana tanta sabedoria, poder e revelação (Jr 36.2; II Tm 3.16; II Pe 1.21; Sl 119.105,160 cf. Mt 24.35; Jo 8.32; 17.17; Hb 4.12). Nenhuma profecia das Escrituras é de particular interpretação (II Pe 1.20).

A INERRÂNCIA DO SEU CONTEÚDO

A Bíblia Sagrada é a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus, por isso não apresenta em sua essência e conteúdo, nenhum erro histórico ou cultural, teológico ou doutrinário, muito menos, ortográfico ou científico. Visto que a Bíblia tem sido alvo muitas aberrações e heresias humanas, a doutrina da inerrância bíblica vem defender e ratificar o poder e a inspiração divina revelada na Palavra de Deus. A Bíblia é infalível tanto nas informações que nos transmite quanto nos propósitos e reivindicações que apresenta, ela inspira-nos confiança plena em todo o seu conteúdo.
Não é de hoje, que muitas seitas e religiões, até mesmo indivíduos tentam questionar a inerrância da Bíblia e a própria história nos mostra isso. Os saduceus (Mt 22.23; Mc 12.18; Lc 20.27), os gnósticos (I Tm 1.4; 4.1-5; I Jo 4.3; II Jo v.7) e várias outras. O Senhor Jesus deu testemunho da infalibilidade da Palavra de Deus (Mt 24.35). Os apóstolos enfrentaram muitos desafios para defender, esclarecer e pregar a fé diante dos hereges. Pedro escreveu que muitas pessoas sem conhecimento e inconstantes distorciam a Palavra (II Pe 3.16). Muitos se desviam da genuína Palavra de Deus (II Tm 4.2-5).
A Bíblia é necessária para conhecer o evangelho (Rm 10.13-17), para sustentar a fé (Mt 4.4; Dt 32.47), para conhecer a vontade de Deus (Dt 29.29), para santificação (Ef 5.26), para edificação (At 20.32). Suficiente, pois nenhuma nova revelação será dada além da que nos foi revelada e tudo o que o homem precisa saber para salvar-se se encontra revelado nela. Nada deve ser acrescentado ou diminuído da Bíblia (Dt 4.2; Pv 30.5,6; Ap 22.18,19). Nenhuma outra fonte é necessária além da Bíblia.

Obras Consultadas na preparação dos Estudos.

Ministério Pastoral
Autor: John Macarthur Jr.
Editora: CPAD (5ª edição – 2007).

Quem é quem na Bíblia Sagrada
Editor: Paul Gardner.
Editora: Vida (1ª edição – 12º reimp.: ago. 2010).

O Novo Dicionário da Bíblia
Editor: J. D. Douglas (Organizador).
Editora: Edições Vida Nova (2ª edição – Reimp.: 1998).

O Batismo com o Espírito Santo
Autor: Altair Germano
Editora: Arte Editorial (1ª edição – 2011).

Dicionário Teológico
Autor: Claudionor Correia de Andrade
Editora: CPAD (4ª edição – 1996/97).

Dicionário Teológico
Autor: Claudionor Correia de Andrade
Editora: CPAD (4ª edição – 1996/97).

Bíblia do Ministro, Edição com concordância.
Versão: NVI – Nova Versão Internacional
Editora: VIDA (2002).

Bíblia de Estudo Pentecostal.
Versão: Revista e Corrigida, por João Ferreira de Almeida.
Editora: CPAD (1995).

Novo Dicionário Aurélio (Versão Eletrônica)
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Edição: 3ª – Sendo a 1ª Impressão Positivo, revista e atualizada.
Editora: Positivo.

O Novo Dicionário da Bíblia
Editor organizador: J. D. Douglas
Tradução: João Bentes
Edição:(1995).
Editora: Edições Vida Nova

Teologia Sistemática
Autor: Stanley M. Horton
Edição:(1997)
Editora: CPAD

Teologia Sistemática
Autor: Louis Berkhof
Edição:(1990), sendo a 6ª tiragem (2000).
Publicação: Luz Para o Caminho

Lições Bíblicas (Diversas)
Editora: CPAD

Estudo Bíblico: ACERCA DOS DONS ESPIRITUAIS.

     O objetivo principal deste estudo é analisar de forma clara e coerente, a definição, distinção, atuação, propósito e a importância dos dons espirituais na edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Veremos que o Espírito Santo reveste de poder, o crente que busca e se dispõe a realizar a obra do Senhor. Embora os dons sejam repartidos particularmente a cada um, o propósito inegável consiste no aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como um todo. A maneira correta de exercer os dons e o propósito de cada um deles na edificação da igreja são pontos de extrema importância na compreensão desta doutrina bíblica.

DEFINIÇÃO E ETIMOLOGIA

Dons Espirituais [Do lat. donum, dádiva, presente + spirituale, relativo ao Espírito] São recursos extraordinários e/ou sobrenaturais disponibilizados pelo Senhor Jesus, que mediante o Espírito Santo reveste o crente de poder, a fim de, edificar e aperfeiçoar a sua Igreja, ampliar o conhecimento e realização da obra e volver a atenção dos incrédulos à realidade divina. São repartidos particularmente a cada um, segundo a vontade soberana do Espírito Santo (I Cor 12.11). São manifestos como função (atividade), onde cada dom tem atuação distinta, porém, com um único propósito (I Cor 12.6-11) e também, como carisma ou virtude (Rm 12.4-8).

Dons Ministeriais [Do lat. donum, dádiva, presente + ministeriu, cargo, serviço] Capacitação extraordinária que o Senhor Jesus Cristo, através do Espírito Santo, disponibiliza a igreja, visando o pleno exercício ministerial.

ASPECTOS FUNDAMENTAIS NO EXERCÍCIO

     Para tornar clara a compreensão acerca do propósito e da importância dos dons espirituais, é preciso analisar ponto a ponto os principais aspectos que evidenciam a manifestação dos dons no seio da igreja.

    Como se manifestam os dons. As manifestações dos dons espirituais dão-se de acordo com vontade soberana do Espírito, ao surgir a necessidade e ainda, de acordo com o desejo do crente em na busca dos dons (I Cor 12.7,11,31; 14.1).

    Entendendo a atuação dos dons. Alguns dons podem operar num crente de modo frequente (regular), ou apenas em ocasiões específicas (esporádicas) que atenda a necessidade e o bem-estar da igreja do Senhor Jesus. Ao crente é possível o exercício de mais de um dom e de acordo com a Palavra, o mesmo deve procurar com zelo os “dons espirituais” (I Cor 12.31; 14.1).

    O zelo e o cuidado com o exercício. Pensar que pelo fato de exercer mais de um dom, alguém deva gozar de “privilégios” na igreja ou até mesmo, julgar-se superior a outrem é inaceitável e maligno. O fato de exercer um dom, não coloca ninguém na posição de intocável e nem significa que Deus aprova tudo o que ela faz ou ensina. Os dons devem edificar a todos, e não somente ao indivíduo. Todos nós temos funções diferentes no corpo de Cristo, por isso, precisamos entender o relacionamento com o corpo inteiro, pois cada membro é igualmente importante. Cada um tem a sua função no exercício e atuação corporal (I Cor 12.12-26).

    Perigos que interferem a edificação da igreja. O Diabo pode imitar a manifestação dos dons espirituais, assim como também, falsos crentes disfarçados como servos de Deus (Mt 7.21-23; II Cor 11.13-15; I Tm 4.1 cf. II Ts 2.9). Não devemos dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas devemos “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (I Jo 4.1 cf. I Ts 5.20,21).

     Relacionando o louvor e a adoração com os dons espirituais. Quando adoramos a Deus em espírito e em verdade, com reverência e temor, vivenciamos um momento único diante dele (Jo 4.24). É nesse ambiente que prodígios e milagres podem facilmente acontecer, a unção é derramada e bênçãos sem medidas fluem nos corações (Ef 5.18-21 cf. Cl 3.16).

    Os Dons Espirituais e a oração. Nada substitui o tempo empregado na presença do Senhor. Não existe edificação sem oração, muito menos a manifestação dos dons espirituais (Mt 21.22; Tg 5.16; I Tm 4.5).

DONS ESPIRITUAIS: DISTINÇÃO E ATUAÇÃO

1.  Como funções. Em relação à manifestação dos dons como atividades espirituais (sobrenaturais), a Bíblia nos mostra nove dons de poder em I Coríntios 12.1-11:

1.1. Dom da Palavra da Sabedoria (Conselho sábio, orientação divina). Este dom está relacionado à busca da orientação divina, através dos conselhos e direção do Espírito Santo, afim de, atender e suprir as necessidades práticas do governo e administração da igreja. É válido salientar, que este dom nos ensina a crescer espiritualmente quando aplicamos nossos esforços ao estudo da Palavra e tomamos decisões que nos levam à maturidade (At 6.1-8).

1.2. Dom da Palavra do conhecimento (ou da ciência). Está ligado diretamente ao ensino da Palavra de Deus. Não é resultado do estudo por si só. Em sua aplicação, este dom pode incluir os segredos de Deus, os planos do adversário, bem como a revelação de fatos desconhecidos ou encobertos. Os exemplos bíblicos nos ajudarão a entender melhor a aplicação deste dom (At 5.3-10; 9.10-15; 10.17-21).

1.3.  Dom da Fé (Crer na intervenção divina, no agir sobrenatural). Não se trata da fé salvífica, mas da fé milagrosa para uma situação ou oportunidade específica e especial. Quando colocamos essa fé em evidência, o sobrenatural acontece, milagres são realizados (Mt 17.20; Lc 17.6). Este dom possui em sua essência alguns elementos que podem ser facilmente percebidos: Oração fervorosa, alegria admirável e coragem incomum. Em suma, precisamos entender que a mão de Deus se move pela nossa fé e sem ela, é impossível alcançar o milagre (Mt 9.22; Mc 10.52; Lc 17.19; Hb 11.1).

1.4. Dons de curar (Sarar mágoas e doenças físicas e espirituais). Quando apresentamos os dons espirituais, descrevemos um a um, definindo as suas aplicações. Neste caso, não se trata de apenas um dom, mas de dons de curar que se evidenciam de diversas formas e aplicações. Estes dons manifestam-se em três dimensões: Deus cura soberanamente (Is 57.18,19; Jr 30.17 cf. 33.6), o agente é usado por Deus (At 3.6-12 cf. 19.11) e por último, o enfermo precisa crer plenamente na cura (At 14.8-10,15). A manifestação não segue ordem específica ou cronológica, mas de acordo com as ocasiões. É preciso afirmar que o Espírito Santo faz a obra, Jesus Cristo é o supremo médico, e em todas as ocasiões, a glória deve ser dada exclusivamente ao Senhor nosso Deus.

1.5. Dom de Operação de maravilhas (realização de grandes feitos, milagres). Poder divino sobrenatural capaz de alterar o curso da natureza. É possível relacionar esse dom à proteção, provisão, expulsão de demônios e alteração de circunstâncias ou juízo, em tudo, o grande responsável pela manifestação deste dom é o Espírito Santo (Mt 8.24-26; 14.15-21; Jo 2.7-10; At 16.16-18).

1.6. Dom de Profecia (Edificação, exortação e consolação). Em essência refere-se a várias mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito Santo, numa linguagem simples e conhecida por aqueles que assim o escutam. O propósito principal é trazer edificação especialmente na fé, exortação para avançar na fidelidade e no amor, e por fim, trazer consolação que anima e revivifica a esperança em Deus (I Cor 14.3,12 cf. At 15.32). É através desse dom, que o Espírito ilumina o progresso do Reino de Deus, revela os segredos do coração e submete o pecador ao arrependimento e convicção (I Cor 14.24,25).

1.7. Dom de discernir espíritos (Percepção espiritual). Esse dom constitui uma percepção especial capaz de distinguir, reconhecer e identificar o espírito presente e atuante em determinada ambiente ou situação. O dom de discernir espíritos opera principalmente no alerta sobre atuação de demônios (espíritos enganadores) através de falsos ensinos, seitas e heresias que supostamente revelam as coisas divinas, além de imitarem a verdadeira manifestação dos dons espirituais (I Tm 4.1 cf. I Jo 4.1-3; Ef 4.14).

1.8. Dom de línguas (Falar em línguas nunca aprendidas). Para compreender de forma clara e objetiva essa manifestação sobrenatural do Espírito, analisemos os seguintes fatos: Essas línguas podem ser “de fogo” (espirituais), humanas (At 2.3-8) ou uma língua desconhecida (I Cor 14.2). Não existe técnica ou meio de aprendizado para a manifestação sobrenatural deste dom. Nem sempre é entendida, nem por quem fala ou por quem escuta (I Cor 14.14,16). Falar em línguas traz edificação pessoal, pois é resultado de uma mútua comunhão entre Deus e o homem através Espírito Santo. Aquele a quem Deus concedeu este dom deve orar ao Senhor para que possa interpretar, pois para trazer edificação a igreja, é preciso que haja interpretação (I Cor 14.10-13).

1.9. Interpretação de Línguas (Revelação divina e tradução compreensiva). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo de interpretar e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Essa mensagem pode conter ensino que nos elevam à adoração e oração, ou pode ser uma profecia. O resultado sempre será a edificação da igreja, por isso, quem fala em línguas deve orar para que haja a interpretação (I Cor 14.13,26).

2.  Como virtudes. Quanto à manifestação dos dons como virtudes, encontramos na Bíblia em Romanos 12.7,8 e I Coríntios 12.28: Dons de contribuição, de serviço, de exortação, de misericórdia, intercessão, louvor, entre outros (I Tm 2.1; Ef 6.18; Cl 4.12; Hb 2.12; 13.15). São dons ligados essencialmente aos ministérios.

DONS MINISTERIAIS: DISTINÇÃO E ATUAÇÃO

Em relação aos dons ministeriais, trata-se da prerrogativa e soberania de Deus em escolher alguns homens para determinadas funções. A Bíblia nos mostra em Efésios 4.11, cinco ministérios específicos:

Pastores. São aqueles recebem o chamado divino para “pastorear” as ovelhas do Senhor, ou seja, com o propósito pleno de “servir” a igreja do Senhor (I Pe 5.1-3 cf. Hb 13.17).

Evangelistas. Trata-se de um carisma específico, dado ao crente chamado para disseminar de forma extraordinária as Boas Novas, isto é, o Evangelho (II Tm 4.5; At 8.5,26-40; 21.8).

Mestres. São aqueles que se dedicam a ensinar a Palavra, não por habilidade natural, isto é, adquirida humanamente, mas por capacitação do Espírito Santo (Rm 12.7b; I Tm 4.13).

Profetas. São aqueles que falam por inspiração e revelação Divina. O ministério profético é diferente do dom de profecia porque não é esporádico e sim, um exercício diário. O crente recebe revelações do Senhor a qualquer hora, e, sobretudo, em momentos de oração e estudo da palavra (At 21.8-11).

Apóstolos. No sentido literal, a palavra “apóstolo”, significa: Enviado. Hoje, outro termo também é utilizado para designar aqueles que exercem este dom ministerial: Missionário (At 1.2; 4.33). Jesus é o nosso grande paradigma (Jo 20.21; Hb 3.1). Este ministério reúne em sua atuação, qualificações ligadas aos demais ministérios (I Tm 2.7).

A VERDADE PRÁTICA

     Os dons promovem amadurecimento espiritual através da orientação divina, revela segredos, opera milagres e prodígios, evidencia curas milagrosas, edifica, exorta, consola, nos leva a adoração, expulsa demônios, reveste o crente de poder, nos conduz a presença de Deus em espírito e nos inspira a pregar o evangelho com ousadia e intrepidez.

Estudo Bíblico: EL BAUTISMO CON EL ESPÍRITU SANTO

El bautismo con el Espíritu Santo es una de las experiencias personales más profundas que el creyente verdaderamente convertido y regenerado puede experimentar. La promesa divina, que en los últimos días Dios derramaría de su Espíritu Santo sobre su pueblo, trajo a la iglesia del Señor el revestimiento de poder, con el propósito fundamental de capacitar divinamente a los cristianos a cumplir la misión de predicar el Evangelio del Señor Jesús en todo el mundo (Hch 1.8). Aunque haya muchos que afirman que esta experiencia se dio solamente en los días de la iglesia primitiva, y que por tanto, sería apenas una descripción y no una norma, estamos convencidos por la Palabra, que como iglesia del Señor, fuimos también alcanzados por sus promesas y propósitos. El bautismo con el Espíritu Santo prepara al creyente regenerado a ejercer con madurez la manifestación de los dones espirituales en su vida, con el designio claro de edificar y fortalecer la iglesia de Cristo. Sin duda, esta es una de las grandes promesas a ser disfrutada por todos los que recibieron al Señor Jesucristo como Salvador. 

¿QUÉ ES EL BAUTISMO CON EL ESPÍRITU SANTO?

Concepto Bíblico Teológico. [Del gr. baptisma, sumersión, inmersión] Revestimiento de poder que conforme las Escrituras se evidencia después de la verdadera conversión a Cristo Jesús, a través de la plenitud (llenura) del Espíritu Santo. Su objetivo principal es capacitar a los creyentes a dar testimonio de Cristo y predicar con denuedo el Evangelio a toda criatura (Lc 24.49; Hch 1.8 cf. Mt 28.15; Mr 16.15). La doctrina del "bautismo con el Espíritu Santo" es bíblica y tal expresión verdadera, estando basada en los Evangelios Sinópticos y los Hechos de los Apóstoles (Mt 3.11; Mr 1.8; Lc 3.16; Jn 1.33; Hch 1.5; 11.16 - "…seréis bautizados con el Espíritu Santo"). Algunos seguimientos cristianos y otras sectas afirman que la “promesa” y el “derramamiento” del Espíritu se cumplieron en los días de la iglesia primitiva, y que por lo tanto, lo que fue escrito en Hechos es solamente descriptivo y no normativo. Sin embargo, creemos que nosotros como iglesia del Señor podemos disfrutar de sus promesas y propósitos (Hch 2.33; Gá 3.22; Ef 3.5,6; 1 P 2.9,10 cf. Ro 15.4,5). Una vez fundamentados en la doctrina de Cristo y de los apóstoles (Mt 7.24-29; Hch 2.42; Ef 2.20; 2 Jn 1.9; Jd 1.17) y guiados por el Espíritu Santo (Ro 8.14 cf. Jn 16.13), no hay como negar la exactitud y realidad de esta profunda experiencia espiritual. Estamos viviendo los últimos días de la iglesia en la tierra, y así como nos días de la iglesia primitiva, el Espíritu Santo todavía domina, ordena y coordina la iglesia en nuestros días (Hch 13.2-4; 15.28; 16.6,7). Por esto, debemos estar llenos del Espíritu Santo, a fin de predicar con denuedo y osadía el evangelio de Cristo (Hch 4.31; 13.52; Ef 5.18b).
  
LA PROMESA DEL DERRAMAMIENTO

El derramamiento del Espíritu Santo fue profetizado por los profetas Isaías (Is 44.3), Ezequiel (Ez 39.29) y Joel (Jl 2.28,29) en el Antiguo Testamento. En el Nuevo Testamento, el profeta Juan el Bautista dijo: "Él os bautizará con el Espíritu Santo" (Mateo 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jn 1.33). El propio Señor Jesucristo ratificó la promesa diciendo: "He aquí, yo enviaré la promesa de mi Padre…” “Hasta que seáis investidos de poder desde lo alto…” “Vosotros seréis bautizados con el Espíritu Santo dentro de no muchos días…” “Recibiréis poder, cuando haya venido sobre vosotros el Espíritu Santo.” (Lc 24.49; Hch 1.4,5,8). La promesa del Espíritu Santo fue para el pueblo de Israel, para los apóstoles y discípulos, y en fin, para la iglesia del Señor en generaciones continuas (Gá 3.14; 4.6 cf. Ro 8.9).
  
EL DERRAMAMIENTO DEL ESPÍRITU SANTO

El Señor Jesús había prometido a los discípulos que después de su partida, no os dejaría solos, sino que enviaría otro “Consolador”, el Espíritu de verdad, al cual el mundo no podría recibir (Jn 14.16-18, 26; 15.26; 16.7,13). Antes de ascender al cielo, Cristo “sopló” el Espíritu Santo sobre los discípulos cumpliendo su palabra y promesa (Jn 20.21,22; Hch 1.2). En cuanto al bautismo con el Espíritu Santo, el derramamiento de poder sobre la iglesia primitiva se dio en el día de pentecostés, cuando los discípulos y demás hermanos estaban reunidos en Jerusalén, obedeciendo la voz del Señor Jesús. Dice la Palabra: “Y fueran todos llenos del Espíritu Santo…” (Hch 1.14,15; 2.1-4). Entonces “llenos” del Espíritu Santo, los discípulos predicaban la Palabra de Dios con denuedo y osadía (Hch 4.31; 6.10; 13.52). Más adelante, los samaritanos “recibieron” el Espíritu Santo en el momento en que los discípulos imponían las manos sobre ellos (Hch 8.14-17). En la casa del centurión Cornelio, mientras el apóstol Pedro ministraba la Palabra, el Espíritu Santo “cayó” sobre todos los que oían (Hch 10.44-46; 11.15,16; 15.8). En Efeso, el apóstol Pablo esclareció acerca del Espíritu Santo a los discípulos de Juan el Bautista, y enseguida, habiéndoles  impuesto las manos, “vino” sobre ellos el Espíritu Santo (Hch 19.1-6).
  
CUANTO A SU PROPÓSITO

Como hemos visto en su concepto bíblico, el propósito fundamental del bautismo con el Espíritu Santo es investir al creyente de poder para el servicio y propagación del Evangelio, esto es, unción y gracia para dar testimonio eficaz de la verdad redentora del Evangelio de Cristo (Lc 24.49; Hch 1.8; 2.1-4 cf. Mr 16.15). El revestimiento de poder dará al creyente, osadía e intrepidez para realizar grandes cosas en el nombre del Señor Jesús (Hch 4.31; 6.8; 1 Co 2.4). Debemos entender que el bautismo con el Espíritu Santo es una experiencia suficientemente importante para ser conocida, comprendida y disfrutada. La motivación en buscar y desear la plenitud del Espíritu, no es simplemente el "hablar en lenguas", sino la necesidad de recibir poder sobrenatural para testificar de Cristo y servirle con denuedo.
  
CUANTO A SU DISTINCÍON

No podemos confundir el bautismo con el Espírito Santo, con la obra de la regeneración promovida por Él a partir del momento en que uno entrega su vida a Cristo (Ef 1.13 cf. Gá 3.2,14). La Biblia dice que el Espíritu Santo habita en nosotros (Jn 14.16,17; 1 Co 3.16; 6.19; Ef 2.22). Una persona puede vivir la regeneración, aunque no haya recibido el revestimiento de poder. Por lo tanto, se concluye que, ya que se trata de una experiencia posterior a la conversión, el bautismo con el Espíritu Santo se produce en aquellos que han sido regenerados (Tit 3.5). Un ejemplo claro de esta distinción, ocurre en la vida de los propios discípulos que ya habían recibido al Espíritu Santo, Consolador y guía, antes del día de pentecostés (Jn 20.21,22; Hch 1.2 cf. 14.16.17,26; 15.26; 16.7,13). Esto explica también la expresión: "Porque por un Espíritu somos todos bautizados en un cuerpo..." (1 Co 12.13; ver Ef 4.3-5). Los textos no están hablando de revestimiento de poder, y sí, de la obra perfecta del Espíritu Santo que une a los creyentes al cuerpo de Cristo de modo que todos sean uno (Gá 3.27,28; Col 3.11). Por esto, creemos que el bautismo con Espíritu Santo es una experiencia distinta y especial que se evidencia después de la verdadera conversión a Cristo (Hch 8.14-17; 19.1-6).
  
CUANTO A SU EVIDENCIA FÍSICA

La Palabra de Dios nos revela que el bautismo con el Espíritu Santo tiene como señal inicial física, el "hablar en lenguas". Esta evidencia se dio claramente en la venida del Espíritu Santo sobre todos aquellos que fueran bautizados. Este patrón (modelo) bíblico es el mismo en nuestros días (Hch 2.4; 10.46; 11.15,16; 15.8; 19.6). Vale la pena resaltar, que el “hablar en lenguas” y el don de variedad de lenguas son iguales en manifestación, sin embargo, son distintas en el uso y propósito. No siempre aquellos que son bautizados, reciben el don de variedad de lenguas. La manifestación de este don produce edificación personal y cuando son interpretadas, trae edificación a la iglesia (1 Co 12.4-10; 14.2-6,13-17). Hay dos tipos de “lenguas” en la manifestación, que son: Las lenguas humanas, que son idiomas (Hch 2.5-12), no aprendidas, pero, habladas de forma sobrenatural, y las lenguas espirituales o misterios (1 Co 14.2 cf. Hch 10.46), tampoco aprendidas, ni entendidas, pero que glorifican a Dios. Sin duda, el revestimiento de poder es también una puerta que se abre para la manifestación de los dones espirituales (Hch 19.6).
  
¿DEBEMOS BUSCAR LA PLENITUD DEL ESPÍRITU?

La plenitud del Espíritu es una dádiva para todos aquellos que creen y desean (Lc 11.9-13; 1 Co 14.12). Sin embargo, esto no significa que aquellos que no fueron “bautizados” no tienen el Espíritu Santo, sería ilógico. Además de tener el Espíritu Santo morando en nosotros, podemos disfrutar enteramente de su plenitud, que a través del revestimiento de poder conduce al cristiano convertido y regenerado a una experiencia más profunda e incomparable, con un propósito innegable (Hch 1.5,8). De hecho, todo creyente que siente el gozo de salvación en Cristo debe anhelar la plenitud de Dios en Espíritu (Ef 3.16-20), viviendo una vida de oración, obediencia, temor, santidad y fe (2 Co 7.1; Ro 16.19; 1 Ts 3.13; 4.7; 5.17,23; 1 P 1.15; Jd 1.20).

Por Elder Dayvid Morais
Misionero en Guayaquil. Ecuador.
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