A vida cristã, bem como o ministério e a liderança estão cercados de
grandes desafios, batalhas cruentas, perseguições e injustiças. Todos aqueles
que procuram viver uma vida justa e piedosa enfrentam a maldade, a inveja e o
ódio de homens sem caráter e sem amor. Não é de hoje, que pessoas como Coré,
Seba, Hamã, Sambalate, Tobias, Judas, Alexandre, Himeneu, atuam disfarçadamente
como "companheiros", "assistencialistas",
"prestativos", mas no fundo distorcem verdades, maquinam maldades e
tentam a todo custo destruir relações, amizades e até famílias.
O salmista Davi revelou a triste e amarga semelhança entre a ação dos
inimigos e a traição de um amigo íntimo: Os meus inimigos falam mal de mim,
dizendo: Quando morrerá ele, e perecerá o seu nome? Até o meu amigo próximo, em
quem eu tanto confiava, com quem compartilhava o meu pão, levantou contra mim o
seu calcanhar (Sl 41.5,9). O nosso Senhor Jesus foi traído por Judas, mesmo
tratando-o como amigo e companheiro, mesmo ensinando a verdade e o amor (Lc
22.21,48 cf. Pv 27.6). O apóstolo Paulo descrevendo as agruras e os perigos da
vida ministerial, escreveu: "...em perigos de salteadores, em perigos dos
compatriotas, em perigos dos que não professam a fé cristã, em perigos na
cidade, em perigos no campo, em perigos entre os FALSOS IRMÃOS" (2 Cor
11.26).
Por que hoje seria diferente? Já percebeu que é sempre um
"beijo" que antecede a traição? É preciso ter cuidado com os afagos,
certos abraços, palavras lisonjeiras, pois tudo isso representa o tal beijo
asqueroso e maligno. A Bíblia nos diz que "Deus abomina aqueles que
semeiam contendas entre irmãos" (Pv. 6.19), bem como nos ensina a nos
afastar daqueles que se dizem "irmãos", mas, na verdade, são
mundanos, maldizentes e provocam divisões e escândalos (Rm 16.17; 1 Cor 5.11).
Mesmo diante de tais verdades bíblicas, ainda assim, estamos rodeados de
pessoas maliciosas, mentirosas e cheias de rancor, que escondendo o ódio tem
lábios falsos, e espalham calúnias em suas imundícies e insensatez (Pv 10.18).
Precisamos nos apegar à graça que há em Cristo para não cair na
provocação de homens insensatos e imundos. Não percamos tempo valorizando os
insultos, pois a Bíblia diz que Deus "conhece os homens falsos e
enganadores" (Jó 11.11). Que o nosso foco seja sempre fazer o melhor na obra
de Deus, que os nossos olhos permaneçam firmes em Jesus, que suportando a cruz,
desprezou a afronta (Hb 12.2). Que todo o mal que descarreguem sobre nós, se
convertam em bênçãos para glória de Deus!
Pr. Elder Morais