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O tempo, o caráter e a aparência - Parte 2

O tempo nos traz experiências que moldam e fortalecem o nosso caráter, nossas ações e sentimentos. Existem experiências que nos ensinam a valorizar a vida, outras que destacam os princípios e valores da nossa formação e muitas outras que não nos deixam esquecer quem realmente somos e de onde viemos.
Infelizmente, apesar das muitas experiências, a busca pelo poder, pela “visibilidade”, pelos “privilégios” ou pelas conveniências têm cegado muitas pessoas, levando-as a um caminho perigoso de bajulação, lisonja e até promiscuidade.
Em meio aos esquemas, falsas amizades e acordos espúrios, traições e discórdias adornam as máscaras dos que aparentam “santidade no palco”, mas, na verdade, nos bastidores são imorais e desonestos. Com o passar do tempo, o que levaria uma pessoa, que pelas próprias forças, intelecto ou capacidade poderia vencer na vida, entregar-se ao disparate da bajulação e da falsidade?
Acredito piamente, que uma pessoa cujo caráter é verdadeiramente provado pelas mais diversas circunstâncias, não compactua com atitudes medíocres, não negocia valores, nem abandona os princípios aprendidos ao longo da vida.
Jamais devemos confundir gratidão com adulação, pois a gratidão tem a ver com respeito, dignidade, seriedade, muito diferente da baixeza mais vergonhosa que é bajulação, que é a moeda de troca entre hipócritas e enganadores.
O tempo nos ensina que uma vida simples, fruto de um coração humilde e comprometido com Deus é tudo o que precisamos para sermos realmente felizes. Se quisermos realmente refletir a Cristo em nossas ações, sigamos o que nos recomenda a Palavra da Deus: Quanto ao mais, meus irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai (Fl 4.8).

Pr. Elder Morais

O tempo, o caráter e a aparência.

Curiosamente tenho observado a preocupação de muitas pessoas com a aparência, tentando fugir do tempo, das marcas, das cicatrizes e até do envelhecer. O tempo é realista, por vezes generoso, outras vezes nem tanto, mas o fato é que ele não volta, não recua, não recomeça, e muitos não entendem que o tempo expressa apenas o que vivemos e como vivemos. Ele não perde tempo com quem não tem tempo, também não escraviza, nem detém a ninguém, mas se torna refém de quem não sabe administrá-lo e não valoriza a importância que tem.
Se gordos ou magros, se altos ou baixos, não é a aparência que define a essência, não são as fotos que descrevem quem somos. Nem tudo é o que parece, pois a beleza é vã e a formosura é passageira, e enquanto para muitos a beleza está nos adornos, na “maquiagem” ou nas edições das fotos, a Bíblia nos diz que a beleza tem a ver com o caráter, com modéstia, com o domínio próprio (Pv 31.30; 1 Tm 2.9,10; 1 Pe 3.3,4).
Em meio a uma rotina ativista e “moderna”, não é difícil encontrar pessoas confusas que não discernem entre a vaidade e a autoestima, se pintam, se enfeitam, escondem marcas, rugas, reflexos, não admitem que o tempo está passando, se esquecendo que na eternidade, onde todos irão, a aparência não tem qualquer importância.
Por isso, viva o hoje, viva o agora, pois o que passou passou, e as marcas são adornos da experiência, as rugas os enfeites da maturidade. Seja você, siga firme; seja do tamanho da sua modéstia; seja belo quão bela é a vida e a simplicidade; seja simples e não escravo da “aparência” e da vaidade.
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