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A Banalização do Ministério e do Serviço Cristão – Parte 2

Quanto vale o seu ministério? Quanto você cobra para exercê-lo? Sempre ouvi com admiração os testemunhos de homens que deram suas vidas pela obra, das provações que enfrentaram, das perseguições que sofreram, das incompreensões e dificuldades que rodeavam suas vidas e seus ministérios. Por essas e outras razões, não é difícil admitir que se paga um preço muito alto para exercer plenamente o chamado do Senhor. Diferente dos testemunhos de obreiros recentes, que diante da menor divergência com o seu líder, tramam facilmente uma “chamada”, abrindo a própria igreja, o verdadeiro ministério cristão não cai no colo, também não é um mero brinde; é preciso percorrer um longo e espinhoso caminho, cheios de embates, ameaças, angústias e batalhas até exercê-lo honradamente.

Não existe “facilidades” no genuíno ministério, tampouco garantias, acordos de recompensas ou compensações. O ministério é rodeado de desafios, perdas, renúncia, choro; nada tem a ver com “autoconsagração”, autoproclamação, autoafirmação, atitudes tão comuns no meio de infiéis, insubordinados e mentirosos. Além da humildade e dignidade, outra característica fundamental no exercício ministerial é a voluntariedade de espírito, sentimento ligado ao amor, ao apreço e ao desejo de fazer a obra de Deus com alegria, diligência e desprendimento. Hoje, a impressão que temos é que a espontaneidade no serviço, a submissão à Palavra e a obediência à liderança se perderam em meio a tanta hipocrisia, malícia e mau-caratismo daqueles que fizeram da exceção uma regra e das “justificativas” um verdadeiro esconderijo para sua negligência.

Onde estão os obreiros que se doam a construir os templos e cuidar dos utensílios da Casa do Senhor? O farão espontaneamente ou cobrarão para fazê-lo? Tenho aprendido, que as justificativas podem até “limpar” o nome, promover “reputação”, mas somente o quebrantamento de espírito, o arrependimento e a voluntariedade podem dignificar o nosso coração. Aqueles que são fiéis a Deus, naturalmente são fiéis no exercício do seu ministério. Porém, se alguém é infiel a Deus e ao ministério, imagine como se comporta em suas atividades externas como trabalho, relacionamentos ou acordos?! Há muitos líderes enganados com a aparência e com o exibicionismo de muitos em suas propagandas, mas o Senhor da Seara conhece bem os que verdadeiramente lhe são fiéis e não se ilude com “obreiros de WhatsApp” ou rede social. Uma coisa é certa, onde se valoriza mais a exibição, não há resignação; e onde se evidencia mais a propaganda, para Deus não há qualquer importância.

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